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Aumento da sensibilidade ao toque, inchaço, restrição dos movimentos. Vários desses efeitos podem afetar a pessoa durante o tratamento oncológico ou dependendo do caso, tornar-se crônicos. A boa notícia é que existem técnicas respaldadas pelos médicos não só para controlar esse desconforto, mas também para ajudar a recuperar o bem-estar, a retomar a boa relação com o próprio corpo e a resgatar a autoestima.

Até poucos anos atrás, a principal – e quase exclusiva – preocupação da equipe oncológica era com a sobrevida de quem lutava contra o câncer. No entanto, os avanços na medicina têm levado não apenas a diagnósticos mais precoces como também a tratamentos mais efetivos que incluem cuidados com a qualidade de vida durante e após o tratamento como parte essencial de todo o processo. E é com base nisso que atualmente especialistas das mais diferentes áreas de atuação buscam maneiras de promover a melhora da autoestima e do bem-estar de quem está no tratamento. Nesse sentido, um dos focos de atenção que se tem é com o inchaço em várias partes do corpo, em especial nos braços, durante os procedimentos. “Além da questão estética, consequente das alterações que ele provoca e da dificuldade de colocar uma roupa, que fica muito apertada, o inchaço preocupa por causar dor, irritabilidade, sensação de peso, sensibilidade ao toque e por restringir os movimentos, o que compromete a socialização e até mesmo a independência da pessoa”, diz a fisioterapeuta Thaís Toreta, de São Paulo.

Segundo a especialista, o nome técnico desse inchaço é linfedema, e ocorre quando há um acúmulo de linfa nos tecidos. Vale lembrar que a linfa é um líquido originado do sangue composto de água, proteínas, gorduras e resíduos de células. “Por meio dos vasos linfáticos, a linfa é transportada para os gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, que estão distribuídos por todo o corpo. Nesse trajeto, ela ainda carrega junto os glóbulos brancos, que são os responsáveis pela defesa do organismo, e as impurezas produzidas pelas células durante seu metabolismo. Quando esses linfonodos são lesados na mastectomia (retirada da mama) ou durante a radioterapia ou se eles precisam ser removidos das axilas devido ao alto risco de metástase (quando a doença se espalha para outros orgãos), a linfa pode se acumular, provocando o aumento do volume dos braços, sensação de peso, dor e dificuldade de movimentação”, esclarece o fisioterapeuta, professor e doutor em drenagem linfática Daniel Zucchi Libanore, de São Paulo.

Diferentes intensidades

Conforme a duração, o linfedema pode ser classificado como agudo ou crônico. No primeiro caso, o inchaço aparece alguns dias ou semanas depois da radioterapia ou da mastectomia e desaparece em menos de seis meses. Contudo, se após esse período, a circulação da linfa não voltar ao normal, o linfedema passa a ser taxado como crônico. Apesar dele não ter cura, há diversas maneiras de controlá-lo. Porém, antes de fazer alguma prescrição, o médico oncologista costuma realizar exames para se certificar de que o inchaço não é provocado por outras alterações que não estejam relacionadas ao câncer, como infecções, insuficiência renal ou cardiopatia. Confirmado o diagnóstico, o tratamento pode incluir uma série de medidas. O ideal é que esse tratamento seja feito por um profissional especializado, como um fisioterapeuta oncológico, ou por outro especialista, sempre com orientação médica.

Algumas opções de tratamento

Massagem relaxante: toda dor intensa tende a deixar os músculos rígidos, o que prejudica a circulação da linfa e favorece o aumento do inchaço e da dor. Para quebrar esse ciclo, a massagem relaxante pode ser uma excelente opção. E ela pode ser feita isoladamente ou combinada com a drenagem linfática.

Drenagem linfática: com o objetivo de eliminar os líquidos e as toxinas retidas que causam inchaço e dor, essa massagem é realizada com movimentos suaves e delicados das mãos. Há casos em que a técnica é executada com uma aparelhagem específica e o uso de vestimentas elásticas.

Fisioterapia: quando há uma grande quantidade de líquido retido e também a presença de fibrose, geralmente é preciso associar diversos procedimentos, como exercícios funcionais e de respiração, drenagem, massagem e compressão por enfaixamento. A combinação de técnicas poderá favorecer o processo de cicatrização, diminuir o inchaço, reduzir a dor e recuperar a mobilidade.

Seja qual for a técnica escolhida, o resultado tende a ser ainda melhor, aparecer mais rápido e ser mais duradouro se a pessoa adotar hábitos saudáveis. “Isso inclui controlar o ganho de peso, manter uma alimentação saudável, evitando principalmente o consumo excessivo de sal e sódio, presente em produtos industrializados, e praticar atividade física com liberação médica e orientação especializada”, recomenda a fisioterapeuta Thaís Toreta.

“Fiz meu doutorado em drenagem linfática com um grupo de mulheres mastectomizadas, ou seja, que tinham passado pela cirurgia para a retirada total ou parcial das mamas em consequência do câncer. Como sou fisioterapeuta há mais de vinte anos e sempre trabalhei com drenagem linfática, já tinha uma boa ideia das incríveis possibilidades da técnica no sentido prático, de reduzir o inchaço, eliminar a sensação de peso e melhorar a mobilidade dos braços, por exemplo. Mas confesso que me surpreendi com os efeitos do toque, do contato físico mesmo, humanizado, que fez com que aquelas mulheres com a autoestima abalada, sessão após sessão, fossem se entregando aos cuidados, ficando menos tensas, recuperando a vontade e a coragem de se olhar no espelho e voltando a entender que elas não eram apenas cicatrizes. Só sei que no fim do meu doutorado o grupo já estava agendando encontros e bazares beneficentes, falando em fazer lipoaspiração e tratamento estético. Foi emocionante ver aquele renascimento a partir do toque, do acolhimento.”

Daniel Zucchi Libanore, fisioterapeuta, professor e doutor em drenagem linfática